quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mais um artigo interessante!!!

Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo

Criancinhas
A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa.
A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às
litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito
como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe
o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta
metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la
porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com
os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à
frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência
meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em
sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são
«uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha
que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica
traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.
Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as
criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter
do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem
dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho
sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na
casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas
ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas,
das famílias no fio da navalha?
Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao
hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos
congressos e debates para nos entretermos.
Artigo publicado na revista VISÂO online
A DEVIDA COMÉDIA
Miguel Carvalho


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dia Mundial da Criança



Há já uns meses que Pais, Avós e Amigos das crianças da Infancoop se reunem à noite no nosso espaço... eles chegam carregados e partem animados! Transportam "coisas" que fazem barulho, leêm uns papeis, fazem contas...

Não contam o que estão a preparar mas avisam que a surpresa é para todos no DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA!

Até lá desejamo-lhes boa sorte e aguardamos com expectativa o resultado do seu esforço!

Até lá!!!



 

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sala da Estrelicias

No dia 19 de Março o pai da Marta Romão veio à nossa sala fazer bolinhos connosco. Ele veio fazer bolos porque era dia do Pai e nós tínhamos convidado todos os pais para virem cá comer bolinhos, beber um cafezinho, fazer desenhos e escrever mensagens para os filhos.






Primeiro “espalhamos “ as coisas pelas mesas e dividimos os meninos. Depois o pai da Marta que se chama Tiago misturou o açúcar com a manteiga e todos mexemos muito bem.








Depois de estar bem mexido juntámos um ovo. Voltámos a mexer e a seguir juntámos a farinha com o cacau.




A seguir fizemos bolinhas com a massa, passámos pelo açúcar e colocámos no tabuleiro. Depois com um garfo fizemos as formas achatadas. A seguir foram cozer ao forno da cozinha.








Aqui está a receita dos biscoitos de açúcar:



125g de manteiga/margarina



150g de açúcar



1 Ovo



225 g de farinha com fermento



1 Colher de sopa cheia de cacau em pó e açúcar para polvilhar.



Bate-se bem o açúcar com a manteiga, junta-se o ovo e depois a farinha e o cacau.



Molda-se bolas com a massa e passam-se pelo açúcar. Põem-se num tabuleiro untado e achate ligeiramente com um garfo.



Leva-se ao forno (180ºc) durante 15 a 20 minutos.



Também fizemos bolinhas de salame. Partimos as bolachas Maria com a ajuda da mãe do Diogo Santos. Batemos o açúcar com o ovo, juntámos o chocolate e as bolachas e misturámos tudo muito bem e ainda colocámos um bocadinho de leite. Fizemos as bolinhas e passámos pelo chocolate em pó. Depois levamo-las ao frigorífico.







As Estrelícias


Sala das Papoilas e Estrelicias

A AVENTURA DA GOTINHA TRANSPARENTE
Era uma vez uma gotinha de água que se chamava gotinha transparente. Ela era transparente porque não tinha cor. A gotinha não tinha cheiro e não tinha sabor porque era limpinha. Um dia estava muito vento e a nuvem onde estava a gotinha estava muito pesada. Começou a chover e a gota caiu na terra em forma de chuva e foi regar as plantas, os legumes, matar a sede aos animais e às pessoas e depois juntou-se às suas amigas e correram para o rio…o rio Tejo.

Depois foi para a ETA (Estação de Tratamento de Águas) através dos canos e aí foi-lhe retirado o lixo através de umas máquinas e os micróbios foram mortos com um desinfectante. Depois ficou limpinha e foi para casa de uma família. Naquela casa a gotinha transparente ficou triste porque as pessoas não poupavam água. Não punham água no copo quando iam lavar os dentes; não aproveitavam a água fria quando iam tomar banho; não fechavam bem as torneiras; deitavam a água fora quando ainda servia para regar as plantas, para pôr na sanita etc. e quando lavavam a loiça deixavam ir a água pelo cano abaixo. Não enchiam as máquinas de lavar a roupa e a loiça e por isso gastavam muita água.
A gotinha transparente zangou-se e depois de saltar da máquina de lavar roupa, disse assim: - Vocês não sabem que estão a gastar muita água? Vocês não sabem que se gastarem muita água o planeta terra fica sem água? – Vocês não sabem que sem água não podem viver? – Vocês não sabem que sem água não há vida?
Lá em casa responderam: nós não sabemos donde vem a água e nem sequer estamos preocupados com isso. A filha mais velha disse: - Pai, Mãe acho que vocês estão a dizer coisas erradas, devíamo-nos preocupar porque senão poupar-mos água podemos ficar sem ela. A filha do meio disse: - Vamos fazer uma experiência. Vamos tirar a água cá de casa e depois quando abrirem uma torneira vão perceber essa experiência. Passado algum tempo precisaram de água e abriram a torneira mas não a tinham. Então começaram a ficar preocupados e a dar mais importância á água. Depois aquela família agradeceu á gotinha toda a ajuda que ela lhe tinha dado. A gotinha foi-se embora um pouco triste porque estava suja com sabonete e cabelos, mas estava contente por ter ajudado aquela família a poupar água.
Depois aquela gotinha foi pelos canos dos esgotos até á ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais). Passou por vários tubos, canos e máquinas para lhe retirarem o lixo e os micróbios foram mortos com desinfectante. Depois a gotinha foi para o mar já tratada. No mar ela voltou a ficar contente e salgada. Gostou muito de voltar a brincar com os peixinhos e com os meninos que estavam na praia. Ela gostava muito de pregar partidas, gostava de entrar para a boca dos meninos quando eles estavam a mergulhar porque sabia que eles iam fazer uma careta e cuspir logo a seguir. Era uma marota aquela gotinha transparente.


História elaborada pelas crianças de 5 e 6 anos das salas das
Papoilas e Estrelícias do Jardim de Infância da Infancoop
12 de Março de 2010

Beijinhos de todas as Papoilas e Estrelicias